Ele segurou meus pulsos e me colocou contra a parede. Senti sua respiração ofegante no meu pescoço, e o ouvi trincar os dentes.
- O que mais você odeia em mim?
Olhei para ele. Como nunca havia feito antes.
- Eu odeio quando você me encara. Eu odeio quando você lê minha mente. Odeio quando você mente, e quando você está certo. Odeio quando você me faz rir, e odeio quando você me faz chorar. Odeio me preocupar quando você não está por perto, odeio não conseguir permanecer indiferente ao teu toque.
Ele olhou o chão.
- Odeio quando você me deixa encabulado e sem resposta.
- Tecnicamente isso já é uma resposta, e...
Ele colocou a mão em minha boca, silenciando-me.
- Eu odeio o modo com que você me faz rir quando eu não quero. – Disse ele, agora olhando para o teto.
- E eu odeio não conseguir te odiar.
Não disse mais nada, apenas o beijei.
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